

Recentemente li um artigo de Artur da Távola que diz exatamente o que penso sobre afinidades...
Parou para pensar na quantidade de pessoas que temos afinidades..
Pessoas que as vêzes vemos esporadicamente, mas que tem parte de sua essência interior, e quando você se vai e fica longe por escolhas, tarefas que diferem do dia a dia do outro, não há sofrimento, pois sabemos que onde estivermos haverá a acomodação do calor humano dos afins em ritmo que não para, é rotativo, imperativo, urgente.
Então quando se está frente á frente, depois de algum tempo, nada mudou na essência presente, pois a familiaridade caminha de um pra o outro .
Afinidade... outra metade, outra faceta nossa...espelho brilhante, ofuscante da imagem refletida, das alegrias vividas, das experiências sofridas..,
Afinidades!!!
A afinidade não é o mais brilhante, mas o mais sutil,delicado e penetrante dos sentimentos.
É sentimento independente.
Afinidade é sentir com, nem sentir contra,
nem sentir para, nem sentir por, nem sentir pelo.
Quanta gente ama loucamente,
mas sente contra o ser amado.
Quantos amam e sentem para o ser amado,
não para eles próprios.
Sentir com é não ter necessidade de explicar
o que está sentindo.
É olhar e perceber.
É mais calar do que falar, ou, quando é falar,
jamais explicar: apenas afirmar.
Afinidade é jamais sentir por.
Quem sente por, confunde afinidade com masoquismo.
Mas quem sente com, avalia sem se contaminar.
Compreende sem ocupar o lugar do outro.
Aceita para poder questionar.
Quem não tem afinidade, questiona por não aceitar.
Afinidade é ter perdas semelhantes e iguais esperanças.
É conversar no silêncio, tanto nas possibilidades exercidas
quanto das impossibilidade vividas.